quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Paixão


Pai.xão sf 1. Sentimento forte e profundo de amor ou ódio; 2. Diz-se do amor excessivo, ardente; 3. Entusiasmo; 4. Vício que domina; 5. Sofrimento prolongado.
(Minidicionário Soares Amora da Língua Portuguesa – 19ª edição – Editora Saraiva)

As pessoas, invariavelmente, ligam paixão a algo bom, algo renovador e maravilhoso. Que, de fato, é. Indiscutivelmente, a paixão remove, movimenta, mexe, bagunça... a paixão aciona... Só que, como tudo que é exacerbado, a paixão, também invariavelmente, faz sofrer. Todo apaixonado sofre. Aquele que se apaixona, esquece, durante um bom tempo, de noções básicas de auto-preservação. O objeto de paixão é tão perfeito, tão maravilhoso... logo, não preciso ter cuidado. Paixão te tira o prumo, te desequilibra. Paixão te domina, te tira do eixo.

Se é bom? Há controvérsias. Eu, particularmente, acho que tudo que é demais, atrapalha. Depois de um período de paixão, há que se encontrar um meio termo, algo menos fervilhante, mais morno, para conseguir levar no dia a dia. Algo mais duradouro, menos perene. Algo que te acolha, te dê um alicerce. Alguns chamam isso de amor, mas, de verdade, não creio que cheguemos a esse tipo de sentimento com todo o tipo de paixão que sentimos. Algumas perduram, claro, como amor (aqui incluo a amizade). Outras como sentimentos mais brandos, como carinho, respeito, admiração. Há, ainda, aquelas que se transformam em tristeza, melancolia, sentimentos não tão bem-vindos. E, também, as que, simplesmente, passam.

Como diria o velho ditado: Não há mal que perdure, nem bem que sempre dure...

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