Pai.xão sf 1. Sentimento forte e profundo de
amor ou ódio; 2. Diz-se do amor excessivo, ardente; 3. Entusiasmo; 4. Vício que
domina; 5. Sofrimento prolongado.
(Minidicionário Soares Amora da Língua Portuguesa – 19ª edição
– Editora Saraiva)
As pessoas, invariavelmente, ligam paixão
a algo bom, algo renovador e maravilhoso. Que, de fato, é. Indiscutivelmente, a
paixão remove, movimenta, mexe, bagunça... a paixão aciona... Só que, como tudo
que é exacerbado, a paixão, também invariavelmente, faz sofrer. Todo apaixonado
sofre. Aquele que se apaixona, esquece, durante um bom tempo, de noções básicas
de auto-preservação. O objeto de paixão é tão perfeito, tão maravilhoso... logo,
não preciso ter cuidado. Paixão te tira o prumo, te desequilibra. Paixão te
domina, te tira do eixo.
Se é bom? Há controvérsias. Eu,
particularmente, acho que tudo que é demais, atrapalha. Depois de um período de
paixão, há que se encontrar um meio termo, algo menos fervilhante, mais morno,
para conseguir levar no dia a dia. Algo mais duradouro, menos perene. Algo que
te acolha, te dê um alicerce. Alguns chamam isso de amor, mas, de verdade, não
creio que cheguemos a esse tipo de sentimento com todo o tipo de paixão que
sentimos. Algumas perduram, claro, como amor (aqui incluo a amizade). Outras
como sentimentos mais brandos, como carinho, respeito, admiração. Há, ainda,
aquelas que se transformam em tristeza, melancolia, sentimentos não tão
bem-vindos. E, também, as que, simplesmente, passam.
Como diria o velho ditado: Não há mal que perdure, nem bem que sempre
dure...
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