quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Ah, nossos filhos - esses lindos!


Antes de falar dos filhos, tenho que falar das mães.

Quem não tem filhos e escuta uma mãe falar das crias, logo pensa: Que chatice!Porque essa criatura não cala a boca!  Que tédio!

Confesso que também pensava assim. Nunca criei nenhuma criança e nem tive bebês próximos para ajudar a cuidar. Na verdade, tinha um verdadeiro horror da choradeira, do umbigo antes de cair e pânico de trocar fraldas. Depois que fui mãe, tudo passou. Aprendi pelo amor e pela dor. E entrei numa roda viva que é a maternidade. Fiquei boba até não querer mais. E comecei a entender tudo o que não entendia sobre a minha e as outras mães.

Declaro para os devidos fins que as mães são todas iguais. Babonas, apaixonadas, algumas alucinadas e sempre, para todo o sempre repetitivas. Sinto muito acabar com a visão de quem não é mãe, mas todos os clichês que ouvimos sobre a maternidade são reais. ( Desde que a mulher tenha optado por ser mãe, claro! Porque ter filho e ser mãe é algo diferente).

Eu fui mãe depois dos trinta, tenho uma menina de quase quatro anos e um menino de 10 meses. Duas experiências maravilhosas. Acho que fui mãe na idade certa. É engraçado porque tenho primas que tem praticamente minha idade e já estão virando avós. Então penso, está tudo certo. Cada um no seu tempo.  Ainda estou aprendendo a ser mãe, a ceder, a dizer não, a lidar com a eterna culpa...  porque ser mãe é viver se perguntando se fez ou não o certo.

Amo ser mãe.

Amo meus filhos.

Percebo que quero que eles sejam melhores do que eu: mais educados, mais alegres, mais inteligentes, mais prósperos... tudo o que for de melhor, quero mais e mais  para eles – aliás, como todas as mães.

Antes de ser mãe, não tinha medo de nada. Podia andar em carro à toda velocidade, pular de bungee jump e tudo mais. Hoje, tenho medo de tudo, principalmente de não estar perto deles. Quem é mãe sabe do que estou falando... ( desculpem o clichê) Quero vê-los crescer, quero ajudá-los a fazer escolhas, mostrar caminhos, usufruir da companhia... quero ser mãe em toda sua plenitude.

Ás vezes acho que sou uma tremenda chata, me canso de tanto dizer não, de tanto ditar regras. Em outros momentos sou uma boba, rindo das peraltices, das caras engraçadas, das perguntas surreais feitas por minha menina .  

Meus filhos são meu tudo. Um pedaço de mim pulsando fora do corpo. Uma dádiva, sem dúvida. Com eles minha vida se tornou muito mais colorida. Só tenho a agradecer. Obrigada, filhos. Obrigada, Deus. E salvemos os clichês maternos! Ueba!

 

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