segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Casamento... mais do mesmo!


 
Escolher o vestido dos sonhos, a igreja, o sabor do bolo, o tipo de  festa, o salão...é algo que está na lista de muitas e muitas mulheres. Já eu, nunca fiz planos para casar. Nem para ter filhos. Ou para me divorciar. Mas tudo isso aconteceu.

Meu casamento foi no cartório, com um almoço dançante. Usei um vestido lilás, que é uma das cores que gosto. Não usei coroa, nem ornamentos de noiva tradicional. Aliás, nem minha aliança era tradicional já que não gosto muito de dourado. Escolhi ouro branco, para combinar com o resto dos meus acessórios do dia à dia ( acho que não sou romântica também...) Foi uma simples reunião de amigos mais próximos, pra celebrar esse dia. Acabei de lembrar que casei no dia da mentira, primeiro de abril, começo a pensar que não foi uma boa escolha de data...  Mas foi um dia muito especial. E eu achei que era para sempre. Mas nada é para sempre, boba que sou! 

Analisando tudo o que passou, acho que errei em muitas coisas. Ele também errou em muitas coisas. Perdemos-nos no meio do caminho. E a vida continuou e me empurrou para uma decisão. Separei-me ainda grávida do meu segundo filho, aguentando caras de espanto e dó, como se eu fosse uma aberração da natureza ou uma doida qualquer. Diga-se de passagem que  essa fase ainda não passou!

Só agi de acordo com minha verdade, com meus ideais.   

Eu gosto de mim, me respeito e me valorizo. Não podia impor à mim mesma que sufocasse sonhos, vontades e objetivos de vida, que continuasse sendo desrespeitada. Então decidi por nós e coloquei um ponto final na relação.  Sou uma pessoa objetiva, impaciente e independente. E muito coerente com o que quero na minha vida.

Tem gente que confunde casamento com prisão, obediência e submissão. Do outro, claro. Ou que não tem coragem de sair de um casamento com medo da língua alheia. Eu não estou nem aí para linguarudos de plantão e também estou bem longe de ser obediente e submissa.

Para mim, só amor não basta. Sei que não existe perfeição no casamento, mas ele  tem que ser de alma, do encontro e da vontade. Há que se caminhar junto. Tem que ter respeito e espaço. E o cultivo da admiração. Quando se perde algum desses ingredientes, a receita desanda e o resultado é um pratinho chinfrim, insosso e sem graça. Só pra constar: Eu gosto de tempero!

Acho maravilhoso de se ver os casamentos que dão certo. Invejo essas histórias lindas que acontecem com os outros . Choro vendo declarações de amor alheias, histórias de vida em que houve o verdadeiro encontro de almas... Ainda alimento uma certa frustração em relação a tudo isso, admito. Mas não vou dar uma de Nil (grupo Dominó nos idos dos anos 80) e cantar... com todos menos comigo...

Você pode me perguntar se ainda acredito em casamento, eu responderei que sim. Não é porque o meu não deu certo, que os outros não darão.  Agora, se for me perguntar se penso em casar de novo? Sinceramente, não.  Isso não quer dizer que estou batendo o pé e afirmando categoricamente que não. Hoje, não acredito nisso para mim.  Só não estou dizendo dessa água não beberei porque quem cospe para cima, toma o cuspe de volta na testa.

A vida é uma caixinha de surpresas. Sabe-se lá o que há para mim... Não estou pedindo nada para Santo Antônio, nem pechinchando com outro santo qualquer, aliás estou longe disso. Essa é outra balzaca!  O que tiver de ser, será ...  E que sejamos felizes sempre, casados, solteiros, divorciados, enrolados.

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