Eu tenho uma opinião um pouco controversa sobre mentira e
omissão. Acho que são ferramentas válidas, quando realmente necessárias.
Se for preciso, eu sou capaz de inventar uma boa história,
para proteger quem eu amo.
Sem contar que, de verdade, ninguém consegue ser 100%
sincero, o tempo todo. Vejamos: aquela sua amiga cortou o cabelo. Ficou uma
porcaria. Você detestou. Ela comenta que amou o corte, que o cabelo dela está
lindo e tals. E pergunta sua opinião. Quem, em sã consciência, vai dizer:
detestei? Pra que? Não serve pra nada!!! Só magoa, atrapalha... Não precisa
dizer que amou, claro, mas a gente abre aquele sorriso amarelo e diz: fico bom!
E pronto.
Por outro lado, obviamente, ninguém gosta de ser enganado,
de ser vítima de uma mentira. Acho péssimo, principalmente quando você tem um
relacionamento sério, diferenciado, com a pessoa. Seja filho, amigo, namorado,
marido. Se o relacionamento é baseado na confiança, não pode ter enganação. E é
ai que mora o perigo da minha teoria... até onde eu deveria ir para proteger
alguém que eu amo e até onde essa proteção, na verdade, vai ser mesmo é um
desastre? Eu não sei. Tento ter bom senso, quando acontece - e quase nunca acontece, pois, de novo, se vc
tem um relacionamento baseado na confiança mútua, é mesmo raro que se chegue a
esse ponto.
Outra curiosidade sobre a mentira e a omissão na minha
vida... eu faço isso todos os dias, praticamente, no trabalho. Secretárias são
mestres em “inventar desculpas” para os chefes. É um tal de “fulano está fora
do Brasil até o final do mês” – e o cara está na sua frente, chacoalhando a
cabeça, dizendo que não vai atender aquela ligação nem por decreto. Chega a ser
engraçado...
No final das contas, na minha opinião, todo mundo mente... e
existem sim, mentiras graves e outras inofensivas... O difícil é saber quais são
elas...
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