Não posso reclamar dos namorados que tive. Todos sempre
foram extremamente românticos em datas especiais... Flores, cestas de café da
manhã, jantares, presentes, viagenzinhas românticas... todo um climinha para
comemorar um par de datas festivas... Porém – sim, sempre tem um porém – de que
adianta todo esse romantismo se a pessoa não está diposta, disponível, quando
você mais precisa dela ao seu lado? Se, no dia-a-dia, você não pode realmente
contar com ela? Já posso ouvir as vaias das menininhas e os gritinhos de “como
assim?”!!! É assim, sim... as flores murcham, a comida gostosinha entra e sai,
os presentes ficam velhos, gastos, das viagens a gente guarda as fotos... E, de
verdade, fica muito difícil lembrar de tudo isso quando você está no dia-a-dia,
precisando de alguém ao seu lado, e a pessoa não consegue ver além do seu
próprio egoísmo. Quem tem vontade de ser simpática com o fofo – aquele mesmo
que te leva pra jantar – quando chega em casa super tarde, querendo um
chameguinho e um sanduíche, e a pessoa está esparramada no sofá, vendo futebol
e nem sequer te fala oi? Quem se lembra das flores, quando tudo que você
precisa é que alguém vá até a costureira buscar uma encomenda e o que você
escuta é: “mas eu não faço esse caminho!”? Quem se lembra das viagens, quando
você tem um problema com o carro e tudo o que a pessoa diz é “nossa, ficou
caro, não?”. De que adianta uma viagem à dois, se quando você precisa de apoio
em uma emergência familiar, a pessoa desaparece, não pode, ou tem algo mais
importante para fazer? Captaram, menininhas? Vocês ainda querem flores e
jantares? Vocês ainda querem um “dia dos Namorados” – data puramente comercial,
joguem no google ai e se decepcionem – perfeito? Eu não, o que quero é um
relacionamento “perfeito” dentro das limitações de cada uma das partes. Quero
negociação, parceria, respeito. Quero ter vontade de estar com a pessoa todos
os dias, e não especialmente naquele dia de fantasia. Eu não quero um namorado,
quero um parceiro.
Feliz “todos” os dias para vocês.
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